10 de Setembro, dia mundial de prevenção ao sui*cídio.
A mão que te empurra vem da mesma direção da mão que te levanta: a sociedade. Em maio perdi meu amigo, junto com minha última esperança.
Por causa do preconceito e do abandono familiar, no dia do meu aniversário deste ano (maio/2017), vi um dos meus poucos e melhores amigos num caixão. Ele era um homem trans, um homenzinho recém nascido, pois estava feliz por conseguir a autorização para mudar o nome. Eu achava que fazia o que eu podia para ajudá-lo, até porque tratávamos uma doença em comum: a depressão. Mas, não. Não foi o suficiente. Não me conformo, sei que eu poderia ter feito mais. A gente sempre pode fazer mais um pouco quando temos um sentimento de empatia aflorado. Neste caso, a ideia autodestrutiva estava muito fixada na cabeça, mas foi o desespero que o encorajou naquele maldito momento, justo no dia em que tomei meu remédio cedo para dormir, em sua 3ª tentativa de sui*cídio. Eu amava o Alexis Ben Hur e sempre amarei a sua lembrança.
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