Eu sobrevivi à experiência de quase morte de ontem.
Já tive essas dores algumas vezes, mas, digamos que essa de ontem foi a "chefona" e foi uma fase muito difícil de passar.
A famosíssima crise de cólica renal, que dizem se comparar a dor do parto.
Eram umas 14h quando entrei, tomei um banho e deitei um pouco. Não quis almoçar. Pois já estava sentindo um mal estar, com direito a enjoo.
Senti uma dor muito forte do lado direito, na altura do rim, vindo de trás e irradiando para todo lado. Então tomei um ibuprofeno, 1mg de rivo e coloquei uma série para continuar o penúltimo episódio de "Assassinato no Fim do Mundo" (com a maravilhosa BRIT MARLING), então adormeci.
Acordei bem e fui para o meu ateliê, continuar o meu projeto de montar os mostruários de bazar.
Fazendo minhas coisas e assistindo a série, então ela acabou e eu voltei a ver os vídeos sobre os concursos que quero fazer e tô montando meu cronograma de estudos.
Já eram umas 18 horas quando começou uma dor.. não qualquer dor, aquela dor novamente. E chegou de repente em quando eu estava molhando minha plantinhas de fora. Fechei a porta de ferro e tomei água rapidamente, já suando frio. Fechando tudo o mais rápido que conseguia.
Daí por diante foi só dor, muita dor. Daquelas de, depois de melhorar, refletir sobre o que é estar vivo e como esse corpo orgânico pode ser afetado por uma mente doente. Uma reflexão só só estou podendo fazer agora, pois foram quase 24h de dores intensas, com intervalos durante os cochilo que dei. Pois, a psiquiatra me tirou o zolp e aumentou a dose do rivo para substituir a medicação para eu dormir. Mas não estava dando certo. Porque eu dormia e acordava, e tinha que tomar mais e mais. Eu só tinha um buscopan e um ibuprofeno, o que não serviu de nada diante da intensidade da dor. Cheguei a pensar em chamar o samu. Mas preferi chamar minha mãe, mesmo não querendo assusta-la, pois eu estava desmaiando, sem forças, com a visão oscilando entre turva e escura. Suando frio, com vontade de fazer xixi de tanta água que eu estava tomando, mas uma só gota não descia. Ela ficou comigo no banheiro. E para não ficar indo e voltando arriscando cair sozinha, ela pegou uma das Fraldas dela e colocou em mim, e foi fazer um chá. Me trouxe um pão com leite, mas eu não consegui fazer descer mas mais que dois goles e uma mordida no pão.
Ela voltou para o quarto dela e eu fiquei na minha lamuria de adormecer e a dor acordar.
Tenta coisa para fazer e eu aqui deitada, com dor. Porém, não posso reclamar porque não está que nem ontem. Está suportável, quem está insuportável sou eu. Por isso preciso escrever aqui, e não alugar alguém para ouvir/ler minha lamentações. Isso é o mais perto de conversar com uma IA que faço.
Por falar em IA, enquanto escrevo isso, está em pausa a série "CASSANDRA" o que é muito perturbador, pois nao está tão longe assim da realidade. Muito sinistro.
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